domingo, 31 de julho de 2011

MINHA CONTRIBUÍÇÃO PARA NOVOS TEMPOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA

 
A Educação física e o verdadeiro papel do educador físico na escola

Responda a primeira coisa que vem à sua cabeça quando pensar na seguinte pergunta: Qual real papel da disciplina Educação física nas escolas? A primeira resposta de pais e alunos é: Jogos e recreação. Mas, afinal, será que uma pessoa que passa anos na faculdade de Educação Física só sabe ensinar esportes e recreação? Obviamente não, e está muito longe de ser somente isso! Os responsáveis pela educação no Brasil e os brasileiros como um todo têm uma visão míope do papel que a disciplina e principalmente o educador físico desempenha. Somos assim, alienados de nosso corpo e claro, de uma parte significativa de nossa identidade. Fazendo isso, além de estarmos sendo irresponsáveis, estamos sendo também coniventes com o ensino precário de Educação Física que é oferecido às escolas e isso pode ser muito perigoso. O professor não ensina aos alunos o que é qualidade de vida. Não basta somente levar os alunos para quadra e dar uma bola pra que corram atrás. É preciso que eles saibam o porquê de estarem correndo atrás da bola. Não é possível desenvolver toda a parte motora da criança e no adolescente somente na escola, mesmo por que o tempo é curto e as aulas são escassas. O importante é desenvolver a consciência e mostrar a importância de se praticar atividades físicas não só na escola, mas a vida toda, e também não limitando a disciplina o papel voltado simplesmente para os desportos de resultados ou discriminativo, este não é objetivo da educação física na escola e que na maioria das vezes serve somente para colocar em evidencia o profissional de Educação Física. A criança passa todos os anos na escola correndo atrás de bola, disputando campeonatos entre as escolas, alguns não fazem nada, e quando se formam na escola, acabam não dando continuidade às atividades físicas e muitos se tornam adultos doentes e consequentemente infelizes. Somos feitos de matéria, mente e espírito, sendo assim, o indivíduo precisa ser desenvolvido como um todo e visto como um ser único. Com uma população cada vez mais sedentária e doente o governo acaba tendo que investir mais em doenças ao invés de incentivarem mais a população a ter saúde e isso vai muito além do que a mídia e os veículos de comunicação mostram. Deveríamos chamar o Ministério da Saúde de "Ministério da Doença". Algumas estatísticas dizem que, para cada 1 real que se investe na saúde, são 3 que se economiza em hospitais, remédios e etc. Estudos também comprovam que fazer exercícios físicos moderados regularmente, além de prevenir doenças, também diminui a necessidade remédios, como os remédios para PA (pressão arterial), por exemplo. Para artrites, artroses e etc, o melhor remédio é exercício físico, para depressão, a mesma coisa diabetes também, e assim por diante. Logicamente que isso não é interessante para as indústrias farmacêuticas, por que se esses resultados fossem levados à população, seriam geradas muitas discussões a respeito do assunto. Enfim, o melhor remédio para a prevenção de doenças é deixar o corpo sempre em movimento, afinal, o que não usamos no nosso corpo atrofia, e isso vale para qualquer coisa, até para o cérebro! Já que o governo através dos órgãos representativo da educação não investem na reformulação e construção de uma politica inovadora nesta área, mudando seu papel de mero espectador do caos provocado pelos não investimentos, tanto nas estruturas física que hoje e lastimável, como no próprio papel pedagógico que ela representa para o crescimento integral do cidadão, não tomando nenhuma iniciativa para efetivas mudanças nas aulas de Educação Física nas escolas. Talvez essa iniciativa tenha que partir de outro lugar, principalmente do próprio educador físico. Se as aulas de Educação física nas escolas fossem eficientes no desenvolvimento motor e psicológico da criança, não haveria tantas crianças, jovens, adultos e velhos doentes, sem um mínimo de informação sobre o corpo. Temos uma população que ainda acredita que velhice é sinonimo de doença, mas não é. O que causa mais doenças em adultos velhos é o excesso de sedentarismo acumulado. Vivemos na era de alienação de nosso próprio corpo e somos parte do problema. Temos uma população cada vez mais doente, e uma questão muito preocupante é o fato de se ter aumentado tanto o número de crianças hipertensas. Não culpo ninguém a não ser o próprio educador físico por essa imagem tão deturpada da profissão, tanto é que, se a Educação física não muda nas escolas, significa que são os próprios professores que se entregam ao comodismo de não ensinar conteúdos teóricos e de conhecimentos empíricos. É obrigação do educador físico contribuir para construção de uma nova forma de pensar no papel da educação física como profissão. Ainda que não sejamos educadores físicos, mas somos cidadãos e muitas vezes, pais. Pensem nisso...

Fonte: Revista Escola – Fevereiro de 2010.

Esta matéria também é dirigida aos amantes da magrela (bicicleta ou bike) da qual faço parte e contribuo com muito orgulho. E também de ver que estamos cada vez  mais trazendo adeptos ao nosso convivo o que traduz tirarmos pessoas da ociosidade. Para constatarmos isto, basta dirigirmos nossos olhares para movimentação  constante na cidade de Cajazeiras de bicicletas nas ruas, sendo guiadas por crianças jovens e adultos direcionando-os a uma atividade física saudável e que nos leva a estarmos em convívio harmonioso e constante contato com a natureza pricialmente num investimento na saúde. Vislumbro Cajazeira sendo colocada no Circuito Estadual de Eventos de MTB. Este é meu sonho, mas sei que não estou só, e se sonharmos juntos ele poderá vir a ser realidade. O Primeiro passo já foi dado a realização do I Pedal 50k Serra Vital de MTB no dia 21 de Agosto de 2011 com percurso Cajazeiras/ Balneário da Barra/ Serra do Vital. 



Professor Francisco Marcondes Gonçalves